quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Dia Internacional em Memória das vítimas do Holocausto

 


“O que aconteceu não pode ser desfeito, mas podemos impedir que volte a acontecer.”  Anne Frank


Assinala-se hoje, 27 de janeiro, o "Da Internacional em memória das vítimas do Holocausto".

Para que não se pense que foi algo do passado, que não voltará a acontecer, deixamos-vos alguns vídeos alusivos à efeméride.

É importante lembrar, para que a história não se repita e para que não haja mais vitimas dos "holocaustos" do presente.




https://contarholocausto.wixsite.com/contaroholocausto

Deixamos também um excerto do livro "A Estrela de Erika", de  Ruth Vander Zee, e que está disponível em linha em  

"Entre 1933 e 1945, seis milhões de homens e mulheres do meu povo foram mortos. Muitos foram fuzilados. Muitos morreram de fome. Muitos foram incinerados nos fornos ou asfixiados nas câmaras de gás. Eu escapei.

Nasci em 1944.

Não sei o dia.

Não sei como me chamava ao nascer.

Não sei em que cidade nem em que país nasci.

Não sei se tive irmãos ou irmãs.

O que sei é que, apenas com alguns meses, escapei ao Holocausto.

Imagino muitas vezes como seria a vida dos membros da minha família durante as últimas semanas que passámos juntos. Imagino o meu pai e a minha mãe, despojados de todos os seus bens, forçados a abandonar a sua casa, enviados para o gueto.

Talvez depois tenhamos sido expulsos do gueto. De certeza que os meus pais tinham pressa de deixar o bairro rodeado de arame farpado para onde tinham sido relegados, de escapar ao tifo, ao excesso de pessoas, à imundície e à fome. Mas teriam alguma ideia do local para onde estavam a ser enviados? Ter-lhes-iam dito que iam para um local mais acolhedor, onde teriam comida e trabalho? Terão chegado até eles os rumores sobre os campos da morte?

Pergunto-me o que terão sentido quando os conduziram à estação, juntamente com centenas de outros judeus. Amontoados num vagão de transporte de animais. De pé, uns contra os outros, por falta de espaço. Terão entrado em pânico quando ouviram correr os ferrolhos?

De aldeia em aldeia, o comboio deve ter atravessado paisagens campestres estranhamente poupadas ao terror. Durante quantos dias ficámos naquele comboio? Quantas horas os meus pais passaram apertados um contra o outro?

Imagino que a minha mãe devia ter-me bem encostada a ela para me proteger dos maus cheiros, dos gritos, do medo, que reinavam neste vagão lotado. Tinha de certeza compreendido que não íamos para um lugar seguro.

Pergunto-me onde estaria exatamente. No meio do vagão? O meu pai estaria junto dela? Ter-lhe-á dito que fosse corajosa? Terão falado do que iam fazer?

Quando teriam tomado aquela decisão? Será que a minha mãe disse “Desculpa. Desculpa. Desculpa.”? Terá aberto a custo um caminho por entre aquela mole humana até à janela do vagão? Terá murmurado o meu nome ao embrulhar-me num cobertor bem quente? Terá coberto a minha cara de beijos e dito que me amava? Terá chorado? Rezado?

Logo que o comboio abrandou, ao atravessar uma aldeia, a minha mãe deve ter espreitado pela fresta do vagão. Ajudada pelo meu pai, deve ter afastado o arame farpado que ocultava a abertura. Deve ter esticado os braços para a luz pálida do dia. A única coisa que sei com certeza foi o que aconteceu a seguir.

A minha mãe atirou-me pela janela do comboio.

Atirou-me para cima de um pequeno quadrado de relva, junto de uma passagem de nível. Havia pessoas à espera de que o comboio passasse; viram-me cair do vagão de carga. No caminho que conduzia à morte, a minha mãe lançou-me à vida.

Alguém pegou em mim e levou-me para casa de uma mulher que se ocupou de mim. Que arriscou a vida por mim. Calculou a minha idade e atribuiu-me uma data de nascimento. Decidiu que me chamaria Erika. Deu-me um lar. Alimentou-me, vestiu-me, mandou me à escola. Fez tudo por mim.

Casei aos vinte e um anos com um homem maravilhoso. Ele aliviou muita da tristeza que me assaltava com frequência, percebeu o meu desejo de pertencer a uma família. Tivemos três filhos, que hoje têm os seus filhos também. No rosto deles, reconheço o meu.

Dizia-se outrora que o meu povo seria um dia tão numeroso como as estrelas do céu. Entre 1933 e 1945 caíram seis milhões de estrelas do céu. Cada uma delas corresponde a um membro do meu povo, cuja vida foi rasgada, cuja árvore genealógica foi arrancada.

A minha árvore lançou raízes.

A minha estrela ainda brilha."

Ruth Vander Zee; Roberto Innocenti
L’étoile d’Erika
Toulouse, Milan Jeunesse, 2003

 



quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Porque é que o(a) assistente da minha biblioteca é imprescindível?

 A nossa assistente da biblioteca é mesmo imprescindível.

A dona Zulmira é a alma da nossa biblioteca, pois é ela que está sempre lá a receber os nossos alunos com um sorriso doce, mesmo quando não lhe apetece sorrir. 

É ela que faz a limpeza diária, por vezes fora do seu horário, mantém as prateleiras em ordem e sabe sempre onde está aquele livro que os alunos querem. Sabe, de cor, se o livro existe na biblioteca e se está ou não emprestado. Tem sempre sugestões de compra e está sempre a querer embelezar o espaço.

Quando há dúvidas nos trabalhos de casa, ela ajuda na pesquisa, orienta para a prateleira certa ou para o sítio da internet. É a dona Zulmira que cataloga a maioria dos nossos livros e tem sempre boas sugestões de leitura, porque também "adora ler os livros dos miúdos" (como ela diz). Deve ser por essa razão que, quando se vão embora para outra escola, os alunos vêm sempre visitá-la e até chamam por ela do muro da outra escola, que faz fronteira com as nossas janelas.

É o nosso braço direito. A Dona Zulmira é a melhor assistente de biblioteca do mundo!

#assistentedebiblioteca 




















quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

CNL 2022- Fase Escolar

 

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA

ALUNOS APURADOS PARA A FASE MUNICIPAL


1.º CICLO

       Leonor Sousa – CEM 4 A

       Alexandre Coutinho – PC 4D

       Carolina Machado -PC 4A

2.º CICLO

      Francisco Bártolo -5.º B

      Daniel Monteiro -6.º D

      Pedro Graça – 6.º I

 

   Parabéns a todos os participantes, em especial aos apurados.

   Bom trabalho para a próxima fase.